A viagem da quarta temporada do Estações começa na antiga Linha Garças de Minas a Belo Horizonte, um trajeto que contava com 50 estações ferroviárias. Iniciando pela antiga estação Bernardo Monteiro, originalmente chamada de Lagoa Seca, que foi inaugurada em 1910, um ano antes da emancipação de Contagem. O bairro homônimo abrigava uma comunidade de ferroviários, incluindo a família de Nilta, que se mudou para lá nos anos 1970. Nilta, filha de um ferroviário, era natural de Ponta de Areia, o destino final da linha Bahia-Minas. Ela e seu marido também trabalhavam na ferrovia e se estabeleceram em Bernardo Monteiro. Os moradores têm forte ligação afetiva com o bairro e a estação. Após o encerramento das operações do trem de subúrbio nos anos 1980, o prédio da estação foi abandonado. Em 1998, Ailson Leite organizou uma gincana cultural no local, inspirando pesquisas sobre a história ferroviária. Ailson, cujo avô trabalhou na estação, liderou esforços para a restauração do espaço, que passou por reformas. No entanto, preocupações com segurança mantêm o edifício fechado. A prefeitura planeja restaurar a área circundante para futuras visitas. O programa também mostra antigos funcionários que trabalharam na ferrovia e revela as curiosidades das locomotivas e do bairro que surgiu no entorno dos trilhos e que leva o mesmo nome. No roteiro também tem a Casa dos Cacos. Ela foi comparada à Capela de Ossos, de Portugal, e às obras de Gaudí, segundo a prefeitura da cidade. O que poucos sabem é a relação dela com o trem. O programa traz entrevista com o ator Lúcio Honorato, que revela curiosidades sobre a chegada ao município do geólogo Carlos Luís de Almeida, ‘pai’ dessa obra. A atração mostra ainda a casa coberta por mosaicos de louça e cerâmica que foi construída por Carlos, de 1963 até sua morte, em 1989.