Quando a Estrada de Ferro Bahia e Minas foi extinta, em 1966, os ferroviários de toda a linaha férrea foram transferidos para outra localidade. Antes de ser extinta, a Bahia e Minas foi incorporada à Viação Férrea Centro-Oeste. Foi criada então uma operação, a Operação Caravelas, por meio da qual os ferroviários foram transferidos, principalmente para as localidades de Divinópolis, Lavras, Ribeirão Vermelho, Araguari e Belo Horizonte. O último registro disponível acerca do quadro de pessoal da Bahia e Minas, no ano de 1963, informava que haviam 1.738 empregados, entre servidores públicos e pessoal extranumerário. De acordo com dados da Viação Férrea Centro-Oeste, 650 servidores da EFBM foram reaproveitados nas linhas e nos ramais da própria empresa. Um decreto, o de nº 66.750, de 18 de junho de 1970, alterou o enquadramento funcional dos ferroviários da EFBM, e trouxe uma relação de 1.248 cargos extintos. Grande parte dos ferroviários da Bahia e Minas foram transferidos para a cidade de Divinópolis, no Centro-Oeste, principalmente os ferroviários de Ladainha. A partir de uma pesquisa, do professor Sérgio Lana Morais, fomos até a cidade de Divinópolis para mostrar como foi essa transferência compulsória dos ferroviários. Como mostramos no episódio de Ladainha, a saída da ferrovia no local arruinou a economia da cidade, e depois de muitos anos ela começou a ser recuperada. A retirada dos trilhos em Ladainha teve início pouco tempo depois da mudança das famílias ferroviárias para Divinópolis.