A história recente do cinema argentino é muito similar a história do cinema brasileiro. Houve um período de euforia na redemocratização em meados dos anos 80, um cinema importante como forma de discutir eventos traumáticos e promover a reconciliação da sociedade. Depois, no começo dos anos 1990, com a chegada do governo Carlos Menem, com as políticas neoliberais, acabaram com os investimentos estatais ao cinema, assim como no Brasil. E a partir disso os cineastas começam a se organizar por uma lei que abrangesse o cinema e é em 1994 que isso passa a ser possível e há uma reativação da atividade cinematográfica. No Brasil esse movimento foi chamado de Retomada mas na Argentina é chamado de Nuevo Cine. Alguns dos primeiros diretores desse Nuevo Cine no final dos anos 1990 são Pablo Trapero, com Mundo Grua, Adrian Caetano, Daniel Burman e eles se propuseram a filmar fora do estúdio, as cidades, essa presença nova do neoliberalismo. E muitas vezes essas histórias são atravessadas por jovens e movimentos que envolvem a juventude e micropolíticas no cotidiano.