Boa parte da história do Brasil está preservada na região da Zona da Mata mineira e é para lá que o ‘Rotas da Liberdade’ desta semana vai nos levar. No episódio, Samuel Guimarães chega a Matias Barbosa, a 20km de Juiz de Fora, município que teve sua fundação iniciada em 1700, quando o rico e poderoso português Matias Barbosa recebeu, de presente da Coroa, a primeira sesmaria no Brasil. Ali funcionaria um importante posto do fisco real português. Conversando com Ricardo Sartine, historiador local, Samuel descobre que o chamado “caminho novo”, nome dado mais tarde à rota da “Estrada Real”, guarda vestígios ainda preservados do Brasil-colônia. “Dentro da Capela do Rosário, por exemplo, podemos entrar em um túnel subterrâneo que fica bem escondido. Poucas pessoas até hoje visitaram esse túnel, que provavelmente fora usado pelo serviço de registro para cobrança de impostos nessa região”, conta Sartine. De Matias Barbosa, a gente viaja para Juiz de Fora, uma cidade que nasceu por volta de 1850. Dentro do Museu Mariano Procópio, o segundo maior museu imperial do Brasil, Samuel vai saber curiosidades da vida da família real. O historiador Roberto Dilly afirma que o acervo guardado no espaço é riquíssimo. “São centenas de objetos de uso pessoal, fardas, vestimentas e mobiliário usados pela monarquia. Um documentário vivo de como viviam”, explica Dilly. Andando pela famosa Rua Halfeld - tida como a principal rua da cidade de Juiz de Fora, com cafés, cinemas, galerias e lojas - chegamos ao palco do Cine-Teatro Central, um prédio bem preservado que funciona como espaço cultural de grande importância da Zona da Mata, região formada por 143 municípios de Minas.