Em formato documental experimental, cada um dos 13 episódios desta série revela peculiaridades de diferentes comunidades periféricas de Belo Horizonte e região, através dos versos de artistas, poetas e músicos que ali residem. Em sua primeira temporada, o Favela Versa visita 15 “quebradas” e conversa com 28 artistas locais. São homens e mulheres, artistas, poetas, escritores e, principalmente, detentores de um olhar sensível à realidade na qual estão inseridos: bairros em situação de vulnerabilidade, mas que não se resumem a isso. Muito pelo contrário, o programa chega com a premissa de mostrar a poesia da favela, e dos seus moradores, sem romantizar, nem vitimizar, mas principalmente voltando a lente para a arte, em detrimento do contexto violento com o qual essas comunidades são geralmente mostradas na grande mídia. Favela Versa é um projeto idealizado pelo multiartista e videomaker Eu Penaforte. Nascido e criado na Vila Ventosa, favela localizada na região oeste de BH, Penaforte é conhecido por ter atuado em movimentos culturais de diferentes quebradas da cidade. Ele integrou um dos pioneiros grupos de rap da capital mineira, o DejaVuh, entre 1998 e 2011, experiência que lhe rendeu trânsito e uma ampla rede de contatos. Para realizar esse projeto, ele conta com o suporte na produção, edição de texto e câmera de apoio da jornalista Mariana Lima. Os locais visitados pela produção foram Granja de Freitas e Conjunto Taquaril, na zona leste da capital; Olaria e Independência, na região do Barreiro; Ventosa e Morro das Pedras, região oeste; Conjunto Batalha dos Palmares, Vila Maria e bairro Nazaré, na região nordeste; Pedreira Prado Lopes na região noroeste. Já na Grande BH, o Favela Versa realizou gravações em São Benedito, na cidade de Santa Luzia: Vila Marimbondo em Contagem; Ribeirão das Neves, Sabará; Morada da Serra em Ibirité; e Morro Alto na cidade de Vespasiano.